Sumário |
Milan Kundera ouviu de amigos o caso de uma moça operária que fora presa por roubar flores no cemitério e com elas presentar o amante. Aos olhos dele, surgiu 'uma mulher para quem o amor e a carne eram mundos separados'. Essa moça -- Lucie, no romance 'vivia para suas inquietações pequenas e eternas'. Seu caminho cruza-se com o de Ludvik, estudante que escreve um postal ironizando o dogmatismo comunista e é punido com anos de trabalho braçal. Depois ele tentará se vingar, num processo que dissemina perguntas - pode-se praticar a vingança quando a História anda tão rápido que um homem já não é hoje o que era ontem? Por que a revolução julga com tanta severidade as brincadeiras? Qual a relação entre desejo sexual e ódio? Seria a juventude a 'estúpida idade lírica'? ... |